Apoiado por pessoas insastifeitas com a gestão, as atitudes e a ignorância do senhor George W. Bush, o advogado Barack Hussein Obama Jr, de 47 anos, foi eleito presidente dos Estados Unidos. Movidos por um sentimento real de mudança, o que se viu foi um movimento mundial em prol de um novo país que hoje é odiado pelas mais diversas nações. A prática de atos impensados e desumanos motivou muitos a torcerem por Obama Bin Laden e Sadan Hussein, antes parceiros comerciais da família Bush, e que tornaram-se inimigos por diversas razões. E por ironia do destino, o candidato vencedor possui um sobrenome de cada um dos terroristas.
A eleição de Barack Obama, o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, mostra a mudança de parâmetros de um país que vive um apartheid camuflado e a ponto de explodir. Uma sociedade segregada que motiva a formação de grupos como Ku Klux Klan terá agora um negro no poder.
Nascido em 4 de Agosto de 1961, filho de pai queniano e mãe americana, cresceu no Havaí,na Indonésia e na Oceania. De família muito humilde e sem estrutura emocional, viu o pai pela última vez aos 10 anos de idade. Sempre inteligente e batalhador, conseguiu bolsas de estudos desde o colégio no Havaí até a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, onde começou estudar direito aos 22 anos e concluiu o curso em 1985, quando mudou-se para Chicago. Lá trabalhou com grupos sociais menos favorecidos, o que o motivava a escrever para revistas e jornais sobre a situação destas pessoas. Ao lado da aristocracia, foi aceito aos 38 anos no doutorado da Escola da Direito de Harvard, onde se tornou o primeiro negro a presidir a Harvard Law Review, simplesmente a mais bem vista publicação jurídica dos Estados Unidos.
Voltando a Chicago, atuou pelos direitos humanos e lecionou direito constituicional, o que o inseriu no cenário político. Concorreu e conseguiu uma vaga no senado pelo Estado de Illinois, onde atuou de 1996 a 2004.
Em 1863, Abraham Lincoln assinava a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para terminar a longa noite do cativeiro. Mas, muitos anos mais tarde, devemos enfrentar a realidade trágica de que o Negro ainda não é livre.
Muitos anos tarde, a vida do Negro é ainda lamentavelmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Muitos anos mais tarde, o Negro continua a viver numa ilha isolada de pobreza, no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Muitos anos mais tarde, o Negro ainda definha nas margens da sociedade americana, estando exilado na sua própria terra.
Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramaticamente mostrarmos esta extraordinária condição. Num certo sentido, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de independência, assinaram também uma promissória de que cada cidadão americano se tornaria herdeiro.
Este documento era uma promessa de que todos os homens veriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à procura da felicidade. É óbvio que a América ainda hoje não pagou tal promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar este compromisso sagrado, a América deu ao Negro um cheque sem fundo; um cheque que foi devolvido com a seguinte inscrição: “saldo insuficiente”. Porém nós recusamo-nos a aceitar a ideia de que o banco da justiça esteja falido. Recusamo-nos a acreditar que não exista dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidades deste país.
Por isso viemos aqui cobrar este cheque – um cheque que nos dará quando o recebermos as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é o momento de se dedicar à luxuria do adiamento, nem para se tomar a pílula tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da Democracia. Agora é o tempo de sairmos do vale escuro e desolado da segregação para o iluminado caminho da justiça racial. Agora é tempo de abrir as portas da oportunidade para todos os filhos de Deus. Agora é tempo para retirar o nosso país das areias movediças da injustiça racial para a rocha sólida da fraternidade.
Existe algo, porém, que devo dizer ao meu povo que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio.
Temos de conduzir a nossa luta sempre no nível elevado da dignidade e disciplina. Não devemos deixar que o nosso protesto realizado de uma forma criativa degenere na violência física. Teremos de nos erguer uma e outra vez às alturas majestosas para enfrentar a força física com a força da consciência.
Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder. Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estamos satisfeitos, e só ficaremos satisfeitos quando a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente.
Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Não nos embrenhemos no vale do desespero. Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais”.
Tenho um sonho que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia este país será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caratér.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia este país seja transformado numa condição onde pequenos rapazes negros, e moças negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos rapazes brancos, e moças brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia todo os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas, os lugares ásperos serão polidos, e os lugares tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, conjuntamente.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso, e com ela seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: “O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade”.
E se a América quiser ser uma grande nação isto tem que se tornar realidade.
Que a liberdade ressoe de todos os lugares e pessoas!
Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção negra: “Liberdade finalmente! Liberdade finalmente! Louvado seja Deus, Todo Poderoso, estamos livres, finalmente!”
Reverendo Martin Luther King Jr.
oi,como eu faço pra preocuras frases de violençia
eu nao concordo por que ele so ve o lado dele
eu gostei…………
gostei